Já tentaste agarrar a chuva? Quando chovem pedras preciosas de água e a cidade se inunda?
Diz-me, já tentaste agarrar a chuva?
Já ficaste com a mão molhada e a manga do casaco molhada e o braço molhado de tentar agarrar a chuva?
E o frio da chuva que te refresca a alma enquanto a chuva te encharca de esperança…
Já te perdeste em mares de histórias que viveste e viverás em noites de chuva, iguais a esta, da mesma força e de igual intensidade?
Já tentaste agarrar a chuva, quando chovem rios de chuva nas ruas da noite vazia e calma? Alagando e diluindo tudo cujo conteúdo é vão e supérfluo.
Quando a cidade se fecha em casa e fecha as janelas à chuva, à sumptuosa e poderosa chuva, criando barreiras e fugindo à chuva, com medo do seu encanto, do seu vicio, com medo de gostar de chuva?
Mas tu não, tu choves com a chuva que chove e flúis. Livremente.
E ris-te com a chuva que toca sinfonias em allegro e cascatas, que canta com tribos de bongos sortidos e sonoros, quando cai no chão e bate nos parapeitos das janelas fechadas e nos candeeiros quentes fazendo faíscas de fumo, criando múltiplas reacções e ecoando alto mas sempre delicadamente, tranquilamente, naturalmente.
Já tentaste agarrar a chuva enquanto os pássaros amedrontados cantam escondidos nas árvores dos imperiais, turbulentos e até teatrais, trovões?
Já tentaste agarrar a chuva e ser louco? Ser somente como a chuva que chove? Simples!
Enquanto o cheiro de terra molhada te afunda de um supremo, quase veneno, prazer?
Já tentaste agarrar a chuva? Quando a chuva relampeja contra o cepticismo deste mundo que não gosta de chuva, nem de se molhar… Purificando o teu olhar para que vejas nesta chuva muito mais do que um deprimido e contido céu cinzento?
Já tentaste agarrar a chuva sem decifrar se o teu rosto húmido é apenas fruto de chuva ou da felicidade que te invade? Em gotas densas, insaciáveis, incontroláveis.
Já escutaste e abraçaste a chuva?
Diz-me, já tentaste agarrar a chuva?
Já ficaste com a mão molhada e a manga do casaco molhada e o braço molhado de tentar agarrar a chuva?
E o frio da chuva que te refresca a alma enquanto a chuva te encharca de esperança…
Já te perdeste em mares de histórias que viveste e viverás em noites de chuva, iguais a esta, da mesma força e de igual intensidade?
Já tentaste agarrar a chuva, quando chovem rios de chuva nas ruas da noite vazia e calma? Alagando e diluindo tudo cujo conteúdo é vão e supérfluo.
Quando a cidade se fecha em casa e fecha as janelas à chuva, à sumptuosa e poderosa chuva, criando barreiras e fugindo à chuva, com medo do seu encanto, do seu vicio, com medo de gostar de chuva?
Mas tu não, tu choves com a chuva que chove e flúis. Livremente.
E ris-te com a chuva que toca sinfonias em allegro e cascatas, que canta com tribos de bongos sortidos e sonoros, quando cai no chão e bate nos parapeitos das janelas fechadas e nos candeeiros quentes fazendo faíscas de fumo, criando múltiplas reacções e ecoando alto mas sempre delicadamente, tranquilamente, naturalmente.
Já tentaste agarrar a chuva enquanto os pássaros amedrontados cantam escondidos nas árvores dos imperiais, turbulentos e até teatrais, trovões?
Já tentaste agarrar a chuva e ser louco? Ser somente como a chuva que chove? Simples!
Enquanto o cheiro de terra molhada te afunda de um supremo, quase veneno, prazer?
Já tentaste agarrar a chuva? Quando a chuva relampeja contra o cepticismo deste mundo que não gosta de chuva, nem de se molhar… Purificando o teu olhar para que vejas nesta chuva muito mais do que um deprimido e contido céu cinzento?
Já tentaste agarrar a chuva sem decifrar se o teu rosto húmido é apenas fruto de chuva ou da felicidade que te invade? Em gotas densas, insaciáveis, incontroláveis.
Já escutaste e abraçaste a chuva?
Já dançaste e beijaste a chuva no pescoço?
Já fizeste amor com a chuva, tornando-te chuva que com a chuva chove?
Diz-me, já tentaste agarrar a chuva?
Eu já. E gostei…
Diz-me, já tentaste agarrar a chuva?
Eu já. E gostei…
(metáforas de chuva)