segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Despe-te!
Não quero mais máscaras, nem capas. Promete-me.
Chega de sorrisos sem brilho nos olhos e lágrimas sem sal.
Conhecer-te assim, num nem conhecer, tão pouco profundo e tão superficial…
Não chega meu amor. Não chega.
Não te escondas mais nessa pose de homem perfeito, não te fica bem, nem há homens perfeitos.
Sei que és muito mais do que essa personagem que interpretas continuamente para mim, muito melhor do que essa imagem forte que tentas passar e insistes em manter.
Sai dessa concha, que ilusoriamente te dá um sentido de segurança, a ti e aos demais que se seduziram por essa fantasia de concha/protecção. Mas é fictício.
Porque eu, (todos nós), eu desejo apenas o verdadeiro, o genuíno, o real.
Não me interessa o que não é puro, mesmo que vindo de ti.
Quero o que vem de dentro, o que é sentido, o que expressa vontades.
Entre nós, Despe-te! Deixa só a índole do teu ser.
Quero descobrir a tua essência, a simples e espontânea essência que te define.
Posso?
Ainda assim, podemos jogar o nosso jogo (o jogo de todos os outros), aquele doce que finge não querer, mas quer. Tu sabes bem. Um jogo puro, que expressa desejos.
Só assim vale a pena. Só assim podemos ser verdade, Eu e Tu verdade, sentimento verdade. Verdade!
Aí poderei entregar-me como sou. Eu só.
Eu nua e crua, seguindo os mais vibrantes instintos.
Não tenhas medo de ser quem és. TU.